Apesar de estarmos no outono o frio já deu o “ar da graça” aqui no Brasil, principalmente na região sul.
O problema é que essas ondas de frio trazem com elas as geadas, que causam grande impacto na agricultura.
No Brasil, entre os estados mais atingidos estão Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Nesse blog post você vai saber mais sobre esse fenômeno climático e o que fazer para evitar prejuízos na lavoura.
Mas o que é a geada e porque ela acontece?
A geada é um fenômeno natural que ocorre quando a temperatura cai abaixo de zero, fazendo com que a umidade do ar se congele.
Isso porque quando o vapor de água no ar entra em contato com o ar frio ele se transforma em gelo.
A geada é comumente vista em janelas, grama, folhas e outras superfícies como as folhas das plantas que ficam expostas durante o tempo frio. É a chamada geada branca, que se atingir as plantações pode ser reversível.
Já a geada negra congela a parte interna das plantas e acontece quanto as temperaturas ficam abaixo dos 10º negativos. O nome vem do aspecto das folhas que ficam bem escurecidas. Nesse caso ocorre a necrose do tecido vegetal e a planta morre.
Mas como saber se a plantação vai sobreviver às geadas?
Existem vários fatores que podem salvar as colheitas das geadas. Entre elas está o estado nutricional das plantas. Quanto mais nutrientes mais chances de sobreviver.
Outro fato que também tem grande influência é o grau de desenvolvimento das plantas. As fases de nascimento, frutificação e maturação costumam ser mais atingidas.
Quais as culturas mais afetadas pela geada?
Quase todas as culturas são afetadas, porém algumas são mais suscetíveis às baixas temperaturas. São elas:
Legumes: tomate, pimentão, berinjela e pepino são altamente vulneráveis aos danos causados pela geada. Normalmente eles são cultivados em regiões com períodos de crescimento mais longos e correm risco quando expostos a temperaturas congelantes.
Frutas cítricas: laranja, limão, toranjas e outras frutas cítricas são sensíveis à geada. Temperaturas baixas podem danificar essas frutas e afetar a qualidade da colheita e, em casos mais graves, até matar as árvores.
Uvas: as videiras são suscetíveis à geada durante seus estágios iniciais de crescimento. As baixas temperaturas podem danificar os brotos jovens, prejudicando o desenvolvimento e a produção dos frutos.
Outras frutas: morangos, mirtilos, framboesas e amoras também são vulneráveis à geada. Os estágios de floração e frutificação são períodos críticos para essas culturas, e a geada pode prejudicar esta cultura com menor rendimento na produção.
Verduras folhosas: culturas como alface, espinafre e couve podem ser afetadas especialmente quando expostas à baixas temperaturas prolongadas. A qualidade e aparência das folhas podem sofrer, afetando o valor de mercado.
Grãos e leguminosas: trigo, feijão, soja, ervilha e a lentilha correm riscos durante a geada principalmente quando acabam de brotar. Temperaturas congelantes podem danificar as plantas ou atrasar seu crescimento e desenvolvimento.
Café: no café a geada pode retardar o crescimento da planta e as folhas podem ficar amareladas e escuras.
Cana-de-açúcar: as baixas temperaturas vão desde queimaduras das folhas à morte da gema apical, que é responsável pelo crescimento desta cultura. A cana começa a morrer de cima para baixo em um processo que pode ser irreversível.
Quais os impactos das geadas da agricultura?
A geada representa uma ameaça significativa à produtividade agrícola. Quando ela se forma nas plantas, pode danificar ou destruir as folhas, afetando seu crescimento, rendimento e qualidade.
Os danos causados pela geada são mais graves durante os estágios sensíveis do desenvolvimento da planta, como no nascimento, floração ou a frutificação.
Além disso, esse fenômeno pode levar a perdas financeiras importantes para os agricultores. Culturas inteiras podem ser eliminadas da noite para o dia, afetando os meios de subsistência e a estabilidade da cadeia de abastecimento de alimentos.
E mais: os efeitos dos danos causados pela geada podem se estender além da estação de cultivo imediata, causando implicações de longo prazo para a indústria.
Como proteger as culturas das geadas?
Local: a escolha do local certo para as atividades agrícolas é crucial. Os agricultores podem optar por locais menos propensos à formação de gelo, como áreas elevadas ou encostas onde o ar frio pode ser desviado. Além disso, a criação de microclimas por meio de quebra-ventos, irrigação e manejo adequado pode oferecer proteção contra geadas;
Seleção e época de cultivo: selecionar variedades de cultivo resistentes à geada ou optar pela maturação precoce podem ser boas medidas. Algumas culturas podem suportar temperaturas mais frias ou amadurecer antes da estação das geadas, minimizando sua exposição aos danos;
Quais as medidas de proteção que podem ser usadas?
Os agricultores empregam vários métodos para proteger as colheitas da geada. Eles incluem:
Cobertura: o uso de coberturas protetoras contra geada, pode criar uma camada de isolamento, prendendo o calor perto das plantas e protegendo-as do frio;
Irrigação: a água pode agir como uma película protetora das folhas, protegendo os tecidos vegetais;
Aquecimento: a utilização de aquecedores estrategicamente colocados entre as lavouras pode elevar a temperatura em áreas localizadas, evitando a formação de gelo.
Outras soluções:
Previsão do tempo avançada: a previsão do tempo específica para as geadas pode fornecer aos agricultores informações precisas. Assim eles podem tomar medidas preventivas para proteger as plantações com antecedência, minimizando as perdas;
Engenharia genética: os cientistas estão explorando a possibilidade de desenvolver culturas geneticamente modificadas com maior resistência ao gelo. Ao identificar e incorporar genes específicos que promovem a tolerância a temperaturas congelantes, essas culturas poderiam suportar os danos causados pela geada de forma mais eficaz;
Mudança climática: entender as causas das mudanças climáticas é vital no combate a eventos climáticos extremos, incluindo geadas. Ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa, fazer a transição para práticas agrícolas sustentáveis e promover o reflorestamento, é possível ajudar a diminuir a frequência e a intensidade dos eventos de geada a longo prazo.
Produtos da Solo Rico ajudam a proteger as culturas das geadas
Se você quer proteger suas plantações da geada, a Solo Rico tem dois excelentes produtos para isso: o Protect Silimax e Protect Silifol. Saiba mais sobre eles:
Protect Silimax: é um fertilizante natural em pó que cria uma camada protetora para as plantas enrijecendo as folhas e o caule.
O produto é essencial para a cultura de arroz e outras gramíneas aumentando a produção e tornando as plantas mais resistentes à perda de água.
Além disso possui excelente interação com fósforo e micronutrientes, aumentando sua disponibilidade para as plantas.
Vantagens:
– Aumenta a força mecânica do colmo e a resistência do acamamento;
– Em gramíneas, diminui a transpiração excessiva, aumentando a resistência à veranicos;
– Atrasa a resistência a pragas e doenças;
– Neutraliza o alumínio tóxico do solo, bem como a toxidez causada pelo manganês e outros metais pesados.
Protect Silifol: é um fertilizante natural que fornece resistência às plantas contra pragas e doenças, aumentando a produtividade e qualidade do produto colhido.
Ele regula a perda de água por transpiração e combate estresses biológicos e físicos, como geadas e veranicos.
Além disso, melhorar a arquitetura foliar, é sustentável e possui nutrientes essenciais como o silício e potássio.
O silício reduz o índice de doenças e regula a perda de água por transpiração, entre outros benefícios.
Além disso, este produto estimula as defesas naturais das plantas contra pragas e doenças, combatendo estresses de origem física ou biológica, proporcionando aumento de produtividade e da qualidade do produto colhido.
Vantagens:
– Promove a indução de resistência da planta;
– Aumento da produtividade;
– Promove a formação de uma barreira física;
– Previne ou aumenta a resistência da planta contra elementos tóxicos e a salinidade;
– Melhora a taxa de fotossíntese;
– Aumenta a rigidez estrutural dos tecidos;
– Melhora a arquitetura das plantas através do acúmulo de silício na cutícula, evitando o acamamento.
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Referências:
agricultura.cptec.inpe.br
portal.inmet.gov.br
canalrural.com.br
rehagro.com.br