Desafios para os cultivos da Safrinha em 2024

Safrinha é o cultivo realizado logo após a colheita da safra principal, comum em regiões de clima favorável para uma segunda cultura no mesmo ano. No Brasil, a safrinha é uma prática importante para a produção de grãos, como milho, trigo e feijão.

A safrinha ocorre geralmente entre os meses de janeiro e junho, após a colheita da safra principal, que ocorre entre os meses de setembro e dezembro. As condições climáticas nessa época são geralmente favoráveis para o cultivo, com temperaturas elevadas e chuvas regulares.

A safrinha é uma importante fonte de receita para os produtores rurais brasileiros. Além disso, ela contribui para a alimentação do país e para a geração de empregos no setor agrícola.

 

Desafios

De acordo com o boletim de acompanhamento de safra da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), publicado em 7 de Dezembro/23, o plantio da primeira safra de milho 2023/24 alcançou somente 60% da área prevista no final de Novembro/23. De acordo com os dados da safra passada, a CONAB considera o plantio atrasado em relação à safra anterior, que na mesma época registrava 71,2% da área semeada.

Ainda segundo o boletim, o atraso nas operações foi causado pelos extremos climáticos, ocorridos pelo fenômeno El Niño. Os principais impactos são o excesso de chuvas na Região Sul e a falta de chuvas e altas temperaturas nas demais regiões produtoras do país.

Segundo o analista de mercado Alexandre Mendonça de Barros, o El Niño segue influenciando as condições climáticas do país até o início de 2025. De acordo com o especialista, espera-se que o cenário mude a partir do segundo trimestre de 2024.

 

Impactos

Confira quais são os principais impactos que o clima pode causar no cultivo e manejo da safrinha em 2024:

Menor área plantada: redução de área destinada a safrinha por conta das incertezas climáticas, e para otimizar operações; 

Erosão e lixiviação: chuva em excesso e altas temperaturas podem afetar o solo descoberto, causando erosões e lixiviação de nutrientes e de produtos aplicados nas culturas; 

Plantio fora da janela ideal: com o atraso do plantio, automaticamente haverá atraso na colheita, perdendo as janelas de plantio estipuladas;

Condições muito favoráveis às pragas e doenças: com o plantio atrasado, as plantações podem ficar mais vulneráveis aos insetos-praga, que são atraídos pelo clima de altas temperaturas. Por outro lado, o excesso de chuvas e a alta umidade, favorecem a ocorrência de doenças.

 

Como se preparar para o cultivo da Safrinha

Claro que não é possível evitar mudanças climáticas na safrinha, nem os excessos climáticos do El Niño. Porém, existem algumas ações que podem evitar prejuízos causados por estas adversidades:

Palhada no solo: a palhada é importante para proteger o solo de erosões, compactação e altas temperaturas. Para garantir que o solo esteja sempre coberto, realize a dessecação pós-colheita do milho ou da soja, antes de plantar o milho safrinha.

Monitoramento do clima: estações meteorológicas agronômicas ou ferramentas digitais para monitorar e fazer previsões do clima, são essenciais principalmente em momentos climáticos instáveis. Esta tecnologia deve ser utilizada para planejar a safra, as operações, e prever necessidades hídricas da lavoura.

Adoção de híbridos adequados: as especificações dos híbridos também fazem a diferença em períodos de incertezas do clima. É essencial escolher um híbrido que apresente tolerância à seca e às doenças.

Adoção de fertilizantes tecnológicos como:

  • Gel de Plantio – Titanium Sollus Gel: menor perda de nutrientes por escorrimento da água da superfície e por lixiviação, e aumento da infiltração da água no solo, sem permitir que ela se perca;
  • Protect – Evolution: excelente no manejo de parasitas de solo nas culturas, promovendo melhor enraizamento e condição de tolerância aos ataques e danos causados por esses parasitas, criando uma “blindagem” e dificultando sua penetração nas raízes e, consequentemente, sua multiplicação.

Monitoramento e manejo de pragas: deve ser constante e a aplicação de inseticidas deve ser realizada em condições favoráveis e no momento ideal, com produtos ideais para cada espécie. No calor extremo, o objetivo deve ser evitar que as pragas atinjam alto nível populacional.

Monitoramento e manejo de doenças: é essencial realizar um planejamento de safra que considere híbridos tolerantes. Também é recomendado o uso preventivos de fungicidas, utilizados desde o tratamento de sementes até as fases mais expostas às doenças.

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